Robert Leroy Johnson, mais conhecido no mundo da música como Robert Johnson, é frequentemente citado
como o maior e mais influente cantor de Blues dos Estados Unidos ou o mais
importante músico do século XX. Grande cantor e excelente guitarrista norte-americano,
Robert Johnson, oficialmente nasceu em Hazlehurst, Mississippi, Estados Unidos,
no dia 8 de maio de 1911. Segundo relatos e registros existentes (documentação
escolar e certidões de casamento e de óbito), a data de nascimento de Johnson
está incorreta. Os documentos sugerem datas entre 1909 e 1912. Johnson faleceu,
prematuramente, em 16 de agosto de 1938, em Greenwood, Mississippi, Estados
Unidos, aos 27 anos de idade.
Em seu curto período de vida, Robert Johnson gravou apenas 29
músicas, num total de 40 faixas. A influência de Johnson sobre grandes e
renomados artistas é enorme! Durante anos, artistas como Led Zeppelin, Bob
Dylan, The Rolling Stones, Eric Clapton (que o considerava o “mais importante
cantor de blues que já viveu”), Johnny Winter, e outros famosos, se deixaram
influenciar pelo maior bluesman, pelo avô do rock, como é conhecido. Suas músicas continuam sendo interpretadas e
adaptadas por artistas e bandas diversos até os dias de hoje. Segundo a revista
norte-americana Rolling Stone, Johnson foi considerado o 5º melhor guitarrista
de todos os tempos.
Segundo uma das mais antigas lendas da música, já na década
de 30, Robert Johnson havia feito um pacto com o Diabo, para que se tornasse o
maior bluesman de todos os tempos. Reza a lenda que Johnson havia se encontrado
com Satanás às margens do rio Mississipi, onde teria vendido sua alma, em troca
de excelentes habilidades com o violão. Toda lenda surge a partir de algum fato
a ela relacionado! A sustentação de tal teoria baseia-se na faixa de Johnson de
1937, “Me and the Devil Blues”.
Outro mito popular ainda vai mais longe! Sugere que Johnson,
com seu violão e uma garrafa de whisky adulterado, na encruzilhada das rodovias
61 e 49, em Clarksdale, Mississipi, vendeu sua alma ao diabo, em troca da
proeza para tocar guitarra. Ao som muito alto e escandaloso de uma gaita
cromada, o diabo apareceu, tomou seu violão e afinou-o um tom abaixo, e devolveu-o
para Johnson, que o tocou como toca nas gravações. Tal mito ganhou força devido
às letras de algumas músicas de Johnson, como “Crossroads Blues”, “Me and The
Devil Blues” e “Hellhound On My Trail”. O mito foi descrito também em filme Crossroads, de 1986 e em livro.
A lenda refere-se ainda a detalhes acerca da morte de
Johnson. Segundo esta, Johnson havia saído desesperadamente do bar Tree Fors,
perseguido por cães pretos, sendo encontrado com marcas de mordidas profundas e
cortes em forma de cruz no rosto, mas
seu violão permanecia intacto, ao lado do corpo ensanguentado.
Na realidade, Johnson tornou-se uma lenda da guitarra devido
a trabalho árduo e a uma boa prática. Morreu após sentir-se mal em um show no
bar “Tree Forks”, envenenado por estricnina, supostamente preparado pelo dono
do bar, enciumado por Johnson ter flertado com sua mulher. Sonny Boy Williamson,
que tocava junto com Johnson, alertou-o acerca da bebida, mas este não deu
crédito, e tomou o whisky. Mesmo se recuperando do envenenamento, Robert
Johnson contraiu uma grave pneumonia, e morreu três dias depois.
Também existem outras versões para sua morte, espancamento,
apunhalamento, assassinato por armas de fogo diversas, além da versão da morte
por sífilis. Seu atestado de óbito cita apenas “No Doctor” (sem médico), o que
deu margem às versões e mitos diferentes acerca de sua morte. Robert morreu de
olhos abertos e com uma expressão tranquila no rosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário